Estudar vale a pena?
Há alguns anos, decidi me dedicar à Ciência de Dados. Não movido por uma paixão pelas ciências exatas, mas pelo desafio de dominar um campo que considero de alta complexidade. Recentemente, refleti sobre minha verdadeira motivação para estudar e me deparei com a questão: “Por que estudar?” À primeira vista, pode parecer uma pergunta simples ou até trivial. No entanto, minha busca por respostas me levou a reflexões profundas.
Por que estudar?
Nos últimos anos, observamos globalmente uma crescente onda de relativização. Parece-me que poucas coisas são agora vistas como absolutas. Quase tudo é passível de múltiplas interpretações e, em minha opinião, isso é prejudicial e maléfico. Com a avalanche de informações produzidas, comentadas e compartilhadas, aqueles sem uma capacidade crítica bem desenvolvida podem ser facilmente enganados. No pior cenário, aceitam como verdades informações parciais e descontextualizadas, perpetuando a disseminação de dados distorcidos e mentiras bem envelopadas.
Conceitos fundamentais de cidadania são frequentemente apresentados de maneira conflituosa pela mídia e influenciadores. A melhor defesa contra essa onda de desinformação é o estudo. E essa é razão suficiente para buscar o conhecimento.
Como o estudo pode nos blindar contra informações falsas?
Estudar aprimora nossa capacidade de processar informações, aguçando nosso senso crítico. Uma pessoa instruída consegue ouvir, ler e interpretar o mundo ao seu redor de forma mais precisa. Estar atento é muito mais que apenas não se distrair durante uma leitura ou conversa, mas sim aplicar o intelecto de forma ativa, identificando inconsistências ou falhas em argumentos apresentados.
Quando alguém menos informado interage com uma pessoa cuja mente foi moldada pelo estudo, a diferença é evidente. O conhecimento nos confere uma compreensão mais profunda, seja do ambiente, das pessoas e do mundo em si.
Então, o que estudar?
Essa questão pode ter nuances pessoais, mas sugiro começar pelo essencial: língua, linguagem e raciocínio lógico. A língua é o meio pelo qual nos comunicamos, enquanto a linguagem é nossa capacidade de usar e compreender essa língua. Já o raciocínio lógico nos permite estruturar pensamentos e chegar a conclusões. Dominar esses três pilares te preparará para abordar quase qualquer tópico, não importa quão complexo.